Como fazer LSD



A Sandoz manteve a patente do LSD até 1963 e parou de fabricá-lo logo depois. A empresa alegou que estava preocupada com a falta de regulamentação e com as informações imprecisas sobre a droga que estavam sendo perpetuadas. Naturalmente, isso não impediu ninguém de fazer o seu próprio LSD - o que era permitido até 1965.
Fazer LSD requer um forte conhecimento de química orgânica, um laboratório completo montado (incluindo a capacidade de esterilizar equipamentos bem como acesso a uma sala escura), e várias substâncias químicas que estão atualmente ou com venda restrita ou têm suas vendas monitoradas de perto pela Agência Antidrogas dos EUA (DEA). Ao contrário das substâncias químicas usadas na fabricação de metanfetamina, as do LSD não podem ser encontradas nos costumeiros itens domésticos.
Há duas formas diferentes de fazer LSD. Algumas "receitas" podem começar com ácido lisérgico. Outras receitas online pedem por sementes de morning glory (Ipomoea violacea), que podem ser especialmente perigosas porque são frequentemente vendidas com uma cobertura tóxica para desencorajar o consumo. As sementes de morning glory e as sementes de algumas plantas relacionadas contêm LSA, ou amido de ácido lisérgico. O LSA pode ser extraído de sementes e produz um leve barato. Ele é considerado um precursor do LSD, embora a quantidade de LSA nas diferentes sementes varie tanto que a qualidade da droga feita dele também varia. Aqui, nós vamos ver uma receita que começa com o fungo ergot.
Um químico que faz LSD precisa ser extremamente cuidadoso e bem-informado sobre como trabalhar com o ergot devido à sua toxicidade.  Lembra das pessoas envenenadas por pão de centeio na Idade Média? Uma vez que o químico obtém o fungo, tem que, cuidadosa e precisamente, fazer sua cultura para extrair o alcalóide de ergot (um alcalóide é um composto contendo átomos básicos de nitrogênio). A montagem da sala escura se torna necessária aqui, porque o fungo vai decompor sob luzes claras. Na realidade, o LSD em si pode entrar em dissolução rapidamente quando exposto à luz.
Como se trabalhar com o fungo tóxico não fosse suficiente, os solventes e reagentes (compostos usados para provocar reações químicas) também são incrivelmente perigosos. O solvente hidrazina anidra, por exemplo, pode explodir quando aquecido. É extremamente venenoso e um cancerígeno conhecido. Outro composto frequentemente usado no processo, o clorofórmio, também pode causar câncer, bem como danos severos ao rim e ao fígado. Ambos os compostos - a hidrazina e o clorofórmio - podem ser facilmente absorvidos pela pele ou inalados.
O alcalóide do fungo é sintetizado em um composto lisérgico chamado hidrazida de ácido iso-lisérgico, por meio da adição de compostos químicos e processos de aquecimento. Em seguida, a hidrazida de ácido iso-lisérgico é isomerizada, o que significa que os átomos em suas moléculas são rearranjados por meio de processo químico. Ela é resfriada, misturada com um ácido e uma base e evaporada. O que resta é a dietilamida iso-lisérgica, que é isomerizada novamente para produzir o LSD ativo. O LSD é então purificado e cristalizado.
O que acontece depois? No passado, o LSD era feito em tabletes (micropontos), simplesmente dissolvido em água ou outros líquidos para ser transformado em gotas, ou em quadradinhos de gelatina. Contudo é raro ver o LSD nessas formas hoje. Em vez disso, ele é normalmente dissolvido em etanol. Folhas de papel para selo são, então, mergulhadas na solução de LSD e secas. Essas folhas de selo ácido são normalmente impressas com personagens de desenho animado ou outros gráficos coloridos. As folhas são perfuradas de modo a formar pequenos quadrados de cerca de 6,35 mm de largura. Cada quadrado é uma dose, e uma folha pode conter até 900 doses.
Esses quadrados são mastigados e engolidos. Embora o LSD possa ser injetado, especialmente em usos terapêuticos, isso não é necessário por a droga ser rapidamente absorvida pelo corpo quando ingerida. Então, como é a viagem do LSD? Descubra a seguir.

Bad Trip


Bad trip, ou viagem errada, é a gíria para uma crise psicodélica, uma experiência perturbadora que pode acontecer devido ao uso de drogas psicodélicas como LSD e mescalina, mas também pode acontecer com outras drogas como ketaminamaconha e anfetaminas.

A bad trip pode acontecer com vários sentimentos diferentes, desde uma ansiedade leve, até perturbações profundas de terror.

Mas estas situações desagradáveis nem sempre são negativas, ela pode ser útil para o usuário se for estudada adequadamente por um especialista.

Uma bad trip pode surgir por inexperiência do usuário, irresponsabilidade ou por falta de preparação e ambientação da viagem, e pode ser reflexo de tensão psicológica mal resolvida, disparada durante a experiência.

Depoimentos de usuários que tiveram bad trip incluem sentimentos de paranóia, mania de perseguição, sensação de que alguém ou alguma coisa está o ameaçando, ou visões assustadoras, etc.

Como sair da bad trip?

Como a bad trip é uma crise psicológica, é possível reverter isto eliminando as causas e alterando o estado psicológico. Para eliminar as causas, provavelmente terá que mudar de ambiente. Permanecer no mesmo lugar vai manter os mesmos problemas que causaram a bad trip. Para alterar o estado psicológico, é possível usar exercícios de relaxamento.

Se a pessoa estiver muito agitada ou agressiva, é necessário evitar que se machuque ou machuque os outros, por quaisquer meios disponíveis. O ideal é levar o usuário para um lugar confortável, e com alguém para supervisioná-lo até que os efeitos da droga passem completamente.

Se é você que está numa bad trip, fique calmo. É preciso agir seguindo modelos de relaxamento como este:
  1. Vá para um lugar tranqüilo, com menos luz, sem muito barulho, sente ou deite.
    Mantenha sua mente tranqüila
  2. Perceba cada um dos seus músculos e relaxe-os. Alivie a tensão de um músculo de cada vez, da cabeça aos pés. Não tenha pressa.
  3. Respire fundo e lentamente, como se estivesse dormindo.
    Mantenha seus músculos relaxados.
  4. Pense numa coisa que você poderia fazer, e que seria a coisa mais divertida de todas, possível de fazer agora.
    Permaneça relaxado e imagine que você está lentamente se levantando e começando a fazer isto que imaginou.
    Se você se sente melhor e se sente seguro, continue, ou então volte e pense em outra coisa que gostaria de fazer.
  5. Permaneça calmo e relaxado, se levante e faça exatamente aquilo que imaginou.

Efeitos


Os efeitos variam conforme a psiqué da pessoa, considerando sobretudo seu estado psicológico momentâneo e o contexto físico em que se insere (ambiente), podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. A maioria dos estudos apontam que "impurezas" na substância não são importantes, por serem inativas, e nas doses tradicionais (minúsculas) não há espaço para outros psicoativos. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranoia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip). Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade motora, sonolência, aumento da temperatura corporal durante a atividade da droga. Esses efeitos são atribuídos à alteração temporária do sistema nervoso central e não à ação da substância sobre a massa corpórea como um todo.

Fonte: Wikipedia

Ações consecutivas do LSD


  • Latência, de 30 minutos a 3 horas
  • Frio ou calor, dor de cabeça ou completa analgesia, agitação mental ou relaxamento, insônia e, necessariamente, dilatação da pupila.
  • Languidez, fraqueza, necessidade de descanso e de redução de estímulos sensoriais.
  • Sensações de extrema alegria e felicidade, ou de muito medo e angústia.
  • Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e auditivas.

Farmacocinética

Os efeitos do LSD normalmente duram de oito a doze horas -- Já foi relatado que: "distúrbios intermitentes podem ocasionalmente persistir por diversos dias."1 Ao contrário dos registros anteriores e da crença comum, os efeitos do LSD não duram mais do que os níveis de concentração da droga no sangue. Aghajanian e Bing encontraram uma meia-vida de eliminação para o LSD de 175 minutos, ao passo que, mais recentemente, Papac e Foltz disseram que 1 µg/kg de LSD oral dado a um voluntário homem tinha uma meia vida de eliminação plasmática aparentemente de 5,1 horas, com um pico de concentração no plasma de 1,9 ng/mL três horas após a dose ser tomada. Além disso, Aghajanian e Bing encontraram que as concentrações sanguíneas de LSD se relacionavam com as dificuldades dos voluntários em responder problemas aritméticos simples.
Estima-se que a indução de um estado extremamente alterado de consciência por meio do LSD seja similar (mas indubitavelmente mais forte) a uma hipnose potencializada ou a um sonho lúcido, causando impacto psicológico tão grande que mesmo após a substância ter sido completamente eliminada do corpo, leva-se horas para retornar a consciência a um nível de normalidade que o experimentador admita para si.

Físicos

As reações físicas ao LSD são marcadamente temporárias, extremamente variáveis e podem incluir o seguinte: contrações uterinas,hipotermia ou hipertermia, níveis elevados de glicemia, piloereção (na pele), aumento da frequência cardíaca, mandíbula presa, transpiração, pupilas dilatadas, produção de mucoinsôniaparestesiaeuforiahiperreflexiatremores e sinestesia. Os usuários de LSD relatam hipoestesia, fraqueza. Todos os efeitos físicos são passageiros e em vista da sua variabilidade, estima-se que alguns dependam da experiência psicológica pela qual passa o indivíduo, ou seja, que são psicossomáticos.

Espirituais

O LSD é considerado um enteógeno porque ele pode catalisar experiências espirituais intensas nas quais os usuários se sentem como se estivessem em contato com uma ordem cósmica ou espiritual maior. Alguns demonstraram alteração da percepção de como sua mente trabalha, e alguns experienciam mudanças de longa duração em suas perspectivas de vida. Alguns usuários consideram o LSD um sacramento religioso, uma ferramenta poderosa para terem acesso ao que é divino. Outros, em uma abordagem mais científica ou filosófica, tem uma percepção parecida, mas menos religiosa, afirmando que o amplo condicionamento social que incide sobre o nosso sistema neurológico é quebrado temporariamente e "As Portas da Percepção" são abertas, conferindo ao indivíduo imenso poder sobre si mesmo para que possa atingir um auto-conhecimento mais pleno. Entre os argumentos mais céticos para fundamentar essa ideia, encontra-se o fato de que um maior volume do cérebro entra em atividade simultânea durante o efeito do LSD. Alguns livros compararam o estado dos efeitos do LSD com o estado do Bodhi, a iluminação, despertar do budismo e da filosofia oriental. Há também autores ocidentais, como Aldous Huxley, que abordam o assunto de maneira mais diversificada, essencialmente atingindo conclusões similares.
  • Geralmente todos os sentidos ficam aguçados, mas não necessariamente chega-se a passar mal.
Essas experiências sob a influência do LSD foram observadas e documentadas por pesquisadores como Timothy Leary e Stanislav Grof. Obtiveram-se evidências de que os alucinógenos podem induzir estados místicos religiosos em seus usuários (pelo menos nas pessoas que têm predisposição ou crença espiritual) e insights intelectuais em muitos dos usuários céticos.

Flashback

Existe uma possibilidade de flashbacks, um fenômeno psicológico no qual o indivíduo experienta um episódio de alguns dos efeitos subjetivos do LSD muito tempo depois de a droga ter sido consumida - algumas vezes, semanas, meses ou até mesmo anos após. Os flashbacks podem incorporar tanto aspectos positivos quanto negativos das "trips" do LSD. Esta síndrome é chamada pela psiquiatria de "Transtorno Perceptual Persistente por Alucinógenos".. Certas observações mostram que cerca de 70% dos usuários de LSD nunca apresentam os chamados "flashbacks", e a ocorrência desse fenômeno é mais comum em indivíduos que sofrem de algum distúrbio psiquiátrico .

Psicose

Existem alguns casos de LSD induzindo quadros de psicose em pessoas que aparentavam estar saudáveis antes de consumirem a droga. Este assunto foi muito estudado por uma publicação de 1984 feita por Rick Strassman. Na maioria dos casos, a reação parecida com a psicose é de curta duração, mas em outros casos ela pode ser crônica. É difícil determinar se o LSD induz estas reações ou se ele meramente desencadeia condições latentes que poderiam se manifestar por si próprias após um certo tempo. Diversos estudos tentaram estimar a prevalência de psicoses prolongadas induzidas por LSD, chegando a números de cerca de 4 em 1.000 indivíduos (0,8 em 1.000 voluntários e 1,8 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Cohen 1960; 9 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Melleson 1971).

Origem

O LSD foi descoberto em 7 de abril de 1938 pelo químico suíço Dr. Albert Hofmann nos Laboratórios Sandoz em BaselSuíça, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina que impedissem o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando Hofmann, após manuseio contínuo do produto de uma das substâncias isoladas (a pequena quantidade de LSD absorvida pelo conta(c)to com a pele é, supostamente, o suficiente para produzir seus efeitos) viu-se obrigado a interromper o trabalho que estava realizando naquele instante devido aos sintomas alucinatórios pelos quais estava passando.
Suas propriedades psicodélicas permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando Hofmann, dizendo ter um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química. Ele atribuiu a descoberta dos efeitos psicoativos do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.1

Até 1966, o LSD e a psilocibina eram fornecidos pelos Laboratórios Sandoz gratuitamente para cientistas interessados sob a marca chamada "Delysid". O uso destes compostos por psiquiatras para obterem um entendimento subjetivo melhor de como era a experiência de um esquizofrênicofoi uma prática aceita. Muitos usos clínicos foram conduzidos com o LSD para psicoterapia psicodélica, geralmente com resultados muito positivos. O LSD foi inicialmente utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais e obteve grandes êxitos.Dr. Hofmann chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente. Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando, Dr. Hofmann temia tornar-se completamente insano. Depois, testou a substância novamente, em doses muito mais baixas, passando por experiências mais amenas mas ainda assim surpreendentes, e percebeu que havia utilizado uma dosagem altíssima em seu auto-experimento inicial. Maravilhado e intrigado com os efeitos do LSD, cunhou a droga como importante substância psiquiátrica experimental e lançou-a à comunidade científica.
Com o movimento psicodélico na Inglaterra na década de 1960, passou a tomar conta das noites londrinas e do cenário musical inglês. O consumo do LSD difundiu-se nos meios universitários norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários, etc.
Recentemente verificou-se um aumento do consumo de LSD, com a cultura de festas de música eletrônica chamadas raves.
Estima-se que ainda ocorra muito o uso nos meios artístico, intelectual e terapêutico.

Fonte: Wikipedia.

O que é LSD?



LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentessubstâncias alucinógenas conhecidas.
Pequenas doses do LSD, em torno de 20 à 50 microgramas já produzem alterações mentais, provocando sérias distorções no funcionamento cerebral do usuário, ou melhor, alucinações, além de várias outras reações conforme veremos mais adiante.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas o LSD é uma droga proscrita, ou seja, proibida. No Brasil, o Ministério da Saúde não reconhece o uso médico, portanto, ficam proibidas a sua produção, o uso e o comércio, considerando-se crime, e caso a pessoa enquadre-se em alguma(s) dessas situações, estará sujeita às penas da lei. Pode ser consumida por via oral, injeção ou inalação, e se apresenta em forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina e líquida; seus efeitos duram de oito a doze horas.
Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial, confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com angústia, dificuldade de concentração.Os efeitos do LSD dependem do ambiente, da qualidade da droga e da personalidade da pessoa. O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, que querem experimentar visões e sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam, levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam, mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno no qual são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la. Foi descoberto em 7 de abril de 1938 pelo químico suíço Dr. Albert Hofmann nos Laboratórios Sandoz em BaselSuíça, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina que impedissem o sangramento excessivo após o parto.
Extremamente diluída, apresenta-se normalmente em barras, cápsulas, tiras de gelatina, líquidos, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. Visto ser baixíssima a dose ativa, em microgramas, ou seja, frações milésimas de um miligrama, sua toxidade é irrisória; nem um potente veneno faz mal ao corponessa concentração microscópica - álcool e tabaco são, literalmente, milhares de vezes mais nocivos ao corpo em geral e ao cérebro em particular. Em contrapartida, caso a experiência individual não seja boa, os efeitos psicológicos durante e após o uso do LSD podem ser devastadores (pânico, desencadeamento de psicose, estresse pós traumático, síndrome serotoninérgica entre outros). É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada. A substância age sobre os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Ademais, inibe a atividade dos neurônios do rafe (importantes em nível visual e sensorial), no entanto há hiperatividade e alteração de todos os sentidos. Hoje é menos utilizada clinicamente, posto haver dificuldade em conseguir permissão dos governos, mas já foi extensivamente usada e pesquisada em décadas passadas. Há pesquisas quanto a sua administração em pacientes terminais de câncer em alguns países desenvolvidos - acredita-se que a substância pode ajudá-los a lidar com a ideia do óbito e também funcionar como potente analgésico. Aldous Huxley fez uso de LSD pouco antes de morrer, pois possuía câncer na língua.
A droga foi muito visada em pesquisas; psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o inconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo. Stanislav Grof, psiquiatra tcheco, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.
Atribui-se auxílio na descoberta da estrutura do DNA, que rendeu o prêmio nobel a Francis Crick, à mente brilhante do cientista sob o LSD. Similarmente ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por Friedrich von Stradonitz, Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez, em meados do século XX, sob a influência essencialmente onírica do LSD. Outra mente inventiva famosa que considerava a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida foi Steve Jobs, co-fundador antigo CEO e da Apple Inc..
A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, que abrange imenso número de artistas; estão entre nomes famosos Jim MorrisonEmerson Lake and PalmerPink FloydKing CrimsonJethro TullTom ZéBeatles etc. Seu uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, Aldous Huxley, este situado na produção cultural erudita, autor das famosas obras "As Portas da Percepção", "Admirável Mundo Novo" e "A Ilha". Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao vulgo "guru do LSD" Timothy Leary (apresentou-o à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman). Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.
Fonte: Wikipedia